São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Gay que apóia sexo com menor pode ser expulso

MAURICIO STYCER
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Os mesmos militantes homossexuais que acusam os heterossexuais de discriminá-los agem de forma discriminatória em relação a uma categoria de gays: os pedófilos, adultos que gostam de se relacionar com crianças.
Esta semana, em uma reunião plenária da 17ª Conferência Mundial da Ilga (Associação Internacional de Lésbicas e Gays), os seus integrantes vão votar a expulsão do grupo gay alemão VSG (Sociedade pela Igualdade Sexual).
Fundado em Munique em 1973, o VSG tem entre os seus militantes defensores da idéia de que não há nada de errado em manter relações sexuais com um menor de 18 anos se ele está de acordo.
O VSG está acusando a Ilga de discriminá-los apenas para agradar o governo dos EUA e a ONU.
Isso porque em 1993 a Ilga ganhou o status de membro consultivo (sem direito a voto) do Conselho Econômico e Social da ONU.
Em janeiro de 94, o Senado norte-americano aprovou uma emenda proibindo o governo dos EUA de dar dinheiro a qualquer organismo da ONU que apóie, direta ou indiretamente, a pedofilia.
Em junho de 94, em sua 16ª Conferência Mundial, a Ilga aprovou uma resolução contra a pedofilia, afirmando não reconhecer a existência de ``atividade sexual consentida com crianças".
Com o voto de 88% dos delegados, a Ilga expulsou, então, da entidade três grupos gays pedófilos.
Apesar disso, em setembro de 94, a ONU suspendeu o status da Ilga como membro consultivo do Conselho Econômico e Social, após receber denúncia anônima que o grupo gay alemão VSG, filiado à Ilga, defende a pedofilia.
Um mês depois, a secretaria-geral da Ilga se reuniu em Bruxelas e decidiu suspender o VSG, remetendo para a conferência no Rio a decisão de expulsar ou não o quarto filiado em um ano.
(MSy)

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