São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 1995 |
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Campanha do Real custará R$ 10 milhões
SILVANA DE FREITAS
O primeiro anúncio, com mensagem sobre o Plano Real, que faz um ano no dia 1º de julho, começou a ser exibido ontem nas emissoras de televisão e ficará no ar durante uma semana. Outros filmes vão reforçar a idéia da estabilidade econômica e tentar mostrar, de forma didática, como conviver com índices baixos de inflação. A veiculação vai extrapolar o chamado horário institucional, tradicionalmente cedido pelas emissoras privadas ao governo. Funcheque O secretário de Comunicação Social e porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, disse que o governo vai pagar pela divulgação dos anúncios. Os anúncios também serão veiculados em emissoras de rádio, jornais e revistas. As campanhas serão pagas com recursos do Funcheque, fundo do Banco Central criado com as taxas cobradas pela emissão de cheques sem fundo. Um convênio assinado no início de junho entre o Banco Central e o Banco do Brasil entregou ao BB a responsabilidade pela campanha e previu a transferência gradual dos recursos. As agências de publicidade responsáveis pela produção dos anúncios são Giovanni e Associados, DNA, Master e Atual. A assessoria de imprensa do Banco do Brasil afirma que todas foram contratadas em março de 94 por licitação. FHC também fará dois pronunciamentos sobre o real. O primeiro será na quinta-feira em cadeia de rádio e TV. O segundo, no dia 1º de julho, deverá ser ao vivo durante um ato em Brasília com a participação de parlamentares e empresários. A idéia inicial era promover um ato público em São Paulo. Segundo o porta-voz, Sérgio Amaral, o ato promoveria ``uma ampla participação da sociedade, mas isso traria custos elevados pelo deslocamento de boa parte do governo e parlamentares." Amaral negou que a opção por Brasília seja por receio da assessoria de FHC quanto à segurança pessoal do presidente. ``Até porque nunca se imaginou fazer (o ato) em praça pública", afirmou. Reunião ministerial Na reunião ministerial de sábado passado, o presidente FHC comemorou o sucesso do Real, mas avisou que o aniversário de um ano do plano será celebrado sem ``oba-oba". Descontraído e otimista, FHC comunicou aos ministros, que o momento é de consolidar a conscientização de que o Plano Real veio para ficar, mas ainda é preciso muito trabalho. Texto Anterior: Governo adota programa de renda mínima no próximo ano Próximo Texto: Lei de patentes gera atritos e discussões no PMDB Índice |
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