São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995 |
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Metrópoles são rediscutidas
PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA; SILVIO CIOFFI; <UN->WILLIAM ECHIKSON PATRÍCIA TRUDES DA VEIGASILVIO CIOFFI Coordenadores da edição brasileira do World Media Não faz muito tempo, arquitetos e urbanistas de todo o mundo acreditavam que a cidade do futuro poderia ser científica e perfeita. Cogitavam, assim, varrer a sujeira de dois milênios de construção urbana. A ênfase mudou. A maioria dos especialistas reunidos pela rede mundial de 27 jornais que formam o World Media concorda que as atuais cidades, sua história e seus horizontes precisam ser respeitados. Nesta 10ª edição, a grande reflexão é sobre como a cidade se transformou num fenômeno global. No início do século, apenas 10% da população mundial vivia em cidades -e as maiores metrópoles estavam concentradas no hemisfério norte. Mas a ONU estima que até o ano 2.000 a cifra já terá subido para 61%. E o mais preocupante é que algumas das maiores cidades do mundo estarão no hemisfério sul, onde a pobreza é bem mais evidente. O curioso é que, mesmo em face dessas previsões e realidades sombrias, a maioria dos habitantes de cidades como Paris, Buenos Aires, Los Angeles e até de Salvador sente que ganhou a loteria da vida. Ainda que admitam e enumerem cada um dos problemas, acham que suas cidades são, acima de tudo, centros de cultura. No caso de Salvador (BA), a paixão é evidente nos depoimentos do escritor Jorge Amado e do compositor Caetano Veloso. E como o cérebro por trás da cidade é o arquiteto, o 10º World Media foi atrás dos melhores -o brasileiro Oscar Niemeyer, o espanhol Ricardo Bofill, o suíço Mario Botta, o italiano Renzo Piano, o japonês Arata Isozaki e o inglês Richard Rogers. Colaborou WILLIAM ECHIKSON, do World Media. Próximo Texto: Cidade do futuro beira a catástrofe Índice |
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