São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Barcelona vai à luta

AGUSTI FANCELLI
TOMAS DELCLOS

AGUSTI FANCELLI; TOMAS DELCLOS
DO "EL PAÍS"

Não há dúvidas que Barcelona (Espanha) teve sua maior transformação no decorrer deste século, mais precisamente durante o mandato de Pasqual Maragall, 54, prefeito desde outubro de 1982.
Ele decidiu tirar a cidade da prostração. Renovou a fachada marítima -até então negligenciada- e implantou um novo sistema de vias rápidas circulares.
Além disso, fez de Barcelona um ponto de encontro entre o Mediterrâneo, a Europa e a América Latina. Os Jogos Olímpicos, em 1992, foram o ponto culminante.
A seguir, os principais trechos da entrevista ao World Media:
*
World Media - Uma de suas prioridades era que Barcelona integrasse ``a rede das cidades européias". Por quê?
Pasqual Maragall - Na Europa, quem almeja ser eficaz, ter influência no futuro, precisa apoiar-se numa rede de cidades. Cidades de diferentes tamanhos podem facilmente travar relações estáveis de complementaridade.
World Media - Os moradores de Barcelona estão orgulhosos. É um sentimento novo?
Maragall - Começou em 1991, com a nova cidade olímpica. Os moradores de Barcelona começaram a descobri-la, do mesmo modo que toda a região catalã, que sempre combateu a cidade grande.
O apoio dos provincianos foi fundamental. Embelezar uma cidade tão povoada como a nossa exige um grande sacrifício: esvaziar o centro de seus moradores.
World Media - Quais são as outras apostas para Barcelona?
Maragall - Turismo e cultura. Quando cheguei à prefeitura, as obras de arte se estragavam nos museus. Barcelona tinha se tornado uma cidade de fantasmas.

Tradução de Bertha Halpern Gurovitz.

Texto Anterior: Jerusalém não negocia
Próximo Texto: A SAGA DA CIDADE
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.