São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995 |
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Jerusalém não negocia "O estilo de vida árabe vai atrasar o projeto habitacional" NADAV SHRAGAY
A seguir, os principais trechos de sua entrevista ao World Media. * World Media - Seu antecessor, Teddy Kollek, falou sobre um quadro de administração independente para os habitantes árabes de Jerusalém. O senhor também cogitaria algum tipo de arranjo através do qual a população árabe da cidade pudesse administrar seus assuntos em questões não-políticas? Ehud Olmert - Não no contexto de negociações com a OLP. World Media - E em outro contexto? Olmert - Num contexto municipal interno, faria reuniões com residentes de um bairro, como faço no setor judeu. World Media - Existe alguma chance de um prefeito judeu de Jerusalém ser aceito também pela minoria árabe? Olmert - Se o primeiro-ministro de Israel é reconhecido por 800 mil árabes no Estado de Israel, então o prefeito, cujo cargo é menos político, também pode. World Media - Desde a Guerra dos Seis Dias (1967), milhares de terrenos em Jerusalém foram desapropriados de árabes para a construção de habitações destinadas exclusivamente a judeus. Pouquíssimos bairros residenciais foram construídos para árabes. E seu projeto habitacional de longo prazo, que previa a construção de 7.000 apartamentos para árabes no norte de Jerusalém, tampouco foi implementado. Por quê? Olmert - É o estilo de vida árabe que vai atrasar a implementação do projeto por muitos anos ainda. O município não investe um centavo sequer em habitações no setor árabe de Jerusalém -nem tampouco no judeu. São contratos privados que investem capital e dão início às obras. Tradução de Clara Allain. Texto Anterior: San Francisco luta por verbas Próximo Texto: Barcelona vai à luta Índice |
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