São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995
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'Espião' do Brasil colará na Argentina

MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

O ``espião" da seleção brasileira na Copa América, Jairo dos Santos, vai concentrar seu trabalho no acompanhamento e análise da Argentina, considerada o mais forte adversário do Brasil.
A Copa América, mais importante competição entre seleções do continente, vai reunir 12 equipes. Será disputada entre os dias 5 e 23 de julho, no Uruguai.
Os times se dividem em três grupos de quatro times na primeira fase. Se o Brasil vencer o Grupo B e a Argentina ganhar o C, os dois se enfrentam nas semifinais, desde que vençam nas quartas-de-final.
A tabela foi armada de modo a evitar que Uruguai (Grupo A na primeira fase) enfrente Brasil ou Argentina antes da final.
Jairo dos Santos começou ontem a analisar os três adversários da primeira fase -Equador, Peru e Colômbia.
Santos assistirá a um jogo do Equador antes da Copa América.
Depois, irá para a cidade uruguaia de Paysandu, próxima à fronteira da Argentina, para acompanhar treino e jogos argentinos.
``Eles têm um futebol forte e tradicional" disse Jairo dos Santos à Folha. Enquanto estiver ``colado" aos argentinos, passará relatos regulares para Zagallo e o supervisor Américo Faria.
A seleção brasileira faz hoje o último treino em Teresópolis (RJ).
À tarde, viaja para Recife (PE), onde, na quinta-feira, faz amistoso com a Polônia. O provável time: Danrlei; Jorginho, Aldair, Ronaldão e Roberto Carlos; César Sampaio, Dunga, Zinho e Souza; Edmundo e Túlio.
Souza vai jogar pelo menos um tempo, mesmo que Juninho e Leonardo, titular e reserva da posição, se recuperem de contusão.
O lateral-esquerdo Roberto Carlos disse ontem que prefere a seleção com três atacantes natos. Zagallo só a escala com dois.
Edmundo afirmou que o campo de treino em Teresópolis é muito ruim. Zagallo descartou convocar o atacante Renato Gaúcho, 32. ``Estamos renovando a equipe."
Ontem à noite, o engenheiro Evandro Mota faria palestra sobre ``mentalização positiva" aos jogadores. Ele pediria ``equilíbrio" contra as provocações adversárias na Copa América. ``Vamos jogar bola, que essa é nossa praia."

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