São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995
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Albert diz que a TV abusa de sexo e violência

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Abert diz que a TV abusa de sexo e violência
O presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Joaquim Mendonça, afirma que há abusos na programação televisiva.
``Claro que existem abusos. É difícil de controlar", afirma.
Para ele, sexo e violência são os principais problemas.
Mesmo assim, Mendonça garante que, pessoalmente, a programação das TVs não o incomoda. ``Nada me choca a essa altura da vida", diz ele, que tem 67 anos.
O presidente da Abert afirma que não deve haver restrições na programação e que a classificação dos programas resolveria.
Para ele, assim, quem quiser muda o canal antes do programa.
``Sou contra qualquer censura. Defendo a livre expressão de pensamento".

Desrespeito à lei
Mendonça também reconhece que as emissoras não cumprem a legislação. A começar pela classificação etária antes de cada programa. ``Deveriam indicar. Não sei por que não fazem", diz.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o desrespeito dessa norma prevê multa de 20 a 100 salários mínimos e até a suspensão da programação.
``Eu nem lembrava que havia isso no estatuto. Faz tanto tempo que li, é tanta coisa", afirma.
``O que deve ser feito para obrigar o cumprimento da lei? Bela pergunta... Alguém deveria tomar uma providência", reflete o presidente da Abert, afirmando que quem não cumprir a lei deve ser punido, até com a suspensão da programação.
Foi marcada uma reunião para o próximo dia 7 entre a Abert e as diretorias das emissoras para discutir o assunto.
Mendonça diz que as emissoras se preocupam com a possibilidade de algum tipo de censura ou outra medida drástica.

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