São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995
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Tropas egípcias atacam posto na fronteira com o Sudão e matam 2

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Forças egípcias mataram na madrugada de ontem dois policiais de fronteira do Sudão, no mais grave incidente entre os dois países desde que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, acusou sudaneses pelo atentado que quase o matou na Etiópia, na segunda-feira.
O ataque aconteceu perto da cidade de Abu Ramad, no norte do Sudão. Durante toda a noite foram registrados tiroteios na região de fronteira, conhecida como “triângulo de Halaib”.
Mubarak disse que o ataque não tem relação com o atentado de segunda-feira, quando terroristas metralharam seu carro na capital etíope, Adis Abeba. A lataria e os vidros blindados o salvaram.
Mubarak tem como principais inimigos os fundamentalistas islâmicos. No Sudão, o governo adota linha política radical e é “governado”, extra-oficialmente, pelo líder islâmico Hassan al Turabi.
Ontem, o presidente Omar Hassna al Bashir acusou o Egito de promover “confronto aberto” entre os países. “Os egípcios usam a força sem necessidade”.
Os fundamentalistas islâmicos, defensores do Eestado baseado nas leis muçulmanas, não aceitam os acordos de paz entre árabes e israelenses para a devolução de territórios árabes tomados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Desde 1991, o governo de Mubarak comanda uma campanha contra os fundamentalistas que já deixou cerca de 800 mortos, de ambos os lados. Ele é criticado internamente por restringir liberdades políticas e pela violência contra os radicais.

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