São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Construção e aluguel puxam IGP-M e taxa vai a 2,46%

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de junho atingiu 2,46%, bem acima do 0,58% de maio, segundo a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela pesquisa.
Desde julho de 94 o índice acumula 26,86%, considerando, para aquele mês, o cálculo em URV versus real. Pelo cálculo antigo, vetado pela lei 8.880 para indexação de contratos, a variação anual atinge 76,16%. Por este método, efeito estatístico fez o IGP-M de julho de 94 alcançar 40%.
O IGP-M tem a mesma metodologia do IGP tradicional, mas a coleta de preços é diferente. O IGP-M é medido entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. O IGP, no mês completo.
Em junho, as pressões vieram do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido no Rio e em São Paulo, que chegou a 3,64% (contra 2,39% em maio) e do Índice Nacional de Custo da Construção (9,38% em junho e 2,43% em maio).
O IPA (Índice de Preços no Atacado) se manteve relativamente bem comportado neste mês, com alta de 0,56% (em maio houve queda de -0,73%, ou seja, deflação).
O IGP-M, como o IGP, é uma média ponderada desses três índices. O IPA tem peso 6, o IPC peso 3 e o INCC, peso 1.
No atacado, os bens de consumo aparecem com deflação de 0,28% e os bens de produção, com alta de 1,05%.
No índice ao consumidor, a alta foi puxada por habitação (7,44%, com pressão do aluguel), saúde e cuidados pessoais (6,93%) e educação, leitura e recreação (4,40%), itens que não sofrem concorrência de importados. A alimentação segurou o IPC (deflação de 0,21%).
No custo da construção, a forte alta é explicada pela mão-de-obra, com mais 16,60%. O INCC de junho reflete o aumento do salário mínimo e dos acordos trabalhistas de maio nesse setor. Materiais de construção subiram 2,34% em junho.

Texto Anterior: Títulos protestados crescem 48,5% no Real e batem recorde em 10 anos
Próximo Texto: Eletrodomésticos têm vendas estáveis em maio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.