São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995 |
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Quércia reconhece filho após 28 anos
EMANUEL NERI
A mudança foi possível graças a uma decisão de seu pai, o ex-governador paulista Orestes Quércia, 56. No último dia 28, Quércia fez escritura pública em cartório reconhecendo a paternidade do filho. A história de Orestes, o filho, se tornou pública na campanha presidencial do ano passado. Pela primeira vez, deu entrevistas dizendo ser filho do ex-governador. ``Não desminto, mas prefiro não comentar essa história", disse Quércia, na época. Mas prometeu fazer teste de DNA para comprovar a paternidade. O DNA (ácido desoxirribonucléico) compara códigos genéticos e serve para reconhecer paternidade. Orestes e Quércia, pai e filho, se submeteram ao teste de DNA em março passado. O exame foi feito pelo geneticista Walter Pinto, de Campinas. No mês seguinte, saiu o resultado: Orestes era mesmo filho de Quércia. Com o resultado do teste, o pai foi ao 1º Cartório de Notas de Campinas (99 km a noroeste) e fez a escritura pública de reconhecimento de paternidade. O desfecho da história ocorreu ontem. Orestes foi ao 35º Cartório de Registro Civil, na Barra Funda (zona oeste de São Paulo), no qual foi registrado, e acrescentou o sobrenome Quércia ao seu nome. ``Estou muito feliz. Não tinha nenhum irmão e ganhei quatro de uma vez só", disse ontem Orestes. Referia-se aos quatro filhos -dois homens e duas mulheres- do casamento do ex-governador com Alaíde Quércia. Filho único de um namoro de Quércia com a ex-cabeleireira Santa Corssini, Orestes nasceu em maio de 1967, em São Paulo. ``Já estou me acostumando a chamá-lo de pai", diz. ``Ele me chama de Fernando". Noivo, Orestes vai conhecer os quatro irmãos quando eles voltarem de Londres, no início de agosto. Quércia viajou ontem para a Inglaterra com a família. Texto Anterior: Folha é finalista em prêmio na Educação Próximo Texto: Música não ameaça democracia, afirma presidente do Supremo Índice |
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