São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995 |
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Música não ameaça democracia, afirma presidente do Supremo
OLIMPIO CRUZ NETO
``Se a democracia estivesse ameaçada por um rock, estaria muito mal", disse Pertence. Mesmo não tendo ouvido a música, o presidente do STF não acredita na hipótese de uma música se tornar o estopim para o fim do Estado de direito, como diz temer o procurador-geral da Câmara, deputado Bonifácio de Andrada (PTB-MG). O parlamentar disse, na quarta-feira, que ``uma música assim poderia muito bem provocar um golpe de Estado". O deputado-procurador é autor da representação que levou a Justiça a proibir a execução da música, no show do grupo, realizado na sexta-feira passada, em Brasília. Andrada também pediu a apreensão do disco ``Vamo Batê Lata", que contém a faixa ``Luiz Inácio (300 Picaretas)", em todo o território. O novo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, não quis comentar a decisão da Justiça de Brasília, mas disse não ter dúvida de que ``a censura prévia é inconstitucional". O procurador no Distrito Federal Antônio Carneiro Sobrinho foi quem pediu a liminar contra a música, atendendo a solicitação de Andrada. O cantor e guitarrista Herbert Vianna, autor da música, vai entrar com pedido de habeas corpus na Justiça, solicitando o arquivamento do inquérito aberto pela Polícia Federal, que vai apurar se houve crime contra a honra. O advogado do grupo, Técio Lins e Silva, vai alegar a inconstitucionalidade da acusação. Texto Anterior: Quércia reconhece filho após 28 anos Próximo Texto: D. Lucas condena sincretismo e quer limitar cenas de sexo na TV Índice |
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