São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
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PIB dos EUA tem crescimento de 2,7%

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu 2,7% nos primeiros três meses de 95, segundo informações divulgadas ontem pelo Departamento de Comércio.
Nos últimos três meses do ano passado, o PIB norte-americano havia crescido quase duas vezes mais (5,1%).
Esse foi o pior resultado da economia dos EUA nos últimos 18 meses.
Para o segundo trimestre (que se encerrou ontem), a expectativa é de que a economia tenha crescido ainda menos. Analistas prevêem crescimento de apenas 1,0%. Outros acreditam até na possibilidade de um PIB negativo.
Em 94, o PIB dos EUA cresceu 4,1%. Foi o melhor desempenho da economia norte-americana em dez anos.
Apesar da queda do PIB, o Departamento de Comércio afirmou que o país não está em recessão. A expectativa é de que a economia volte a apresentar sinais de recuperação (ainda que modestos) até o fim do ano.
A afirmativa do Departamento de Comércio é baseada no fato de que setores isolados da economia norte-americana vêm apresentando resultados positivos.
Na semana passada, por exemplo, foi a registrada a maior queda no número de novos pedidos de seguro-desemprego dos últimos 12 meses.
As vendas de casas novas em maio tiveram o maior crescimento dos últimos três anos, aumentando o otimismo do governo.
Inflação
A inflação, segundo o Departamento de Comércio, está sob controle. No primeiro trimestre de 95 a taxa de inflação anual foi de 3,0%. No trimestre anterior havia sido de 2,6%.
Outro dado divulgado ontem reforçou a tese de que a economia dos EUA não está em recessão. As fábricas tiveram aumento de 1,4% em seus pedidos no mês de maio, depois de três meses consecutivos de queda.
Em abril, os pedidos haviam caído 2,2%. Em março e fevereiro os resultados também foram negativos. Quedas de três meses seguidos nos pedidos de fábricas não aconteciam desde maio de 93.
O aumento de maio foi o melhor do setor desde dezembro de 94, quando os pedidos haviam aumentado 2%.
Os pedidos de fábrica acumulados de janeiro a maio de 95 aumentaram 8,8% mais do que no mesmo período do ano passado.

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