São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
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Conheça os personagens citados

DA REPORTAGEM LOCAL

Gilberto Freyre (1900-1987) - Sociólogo e escritor pernambucano, autor de ``Casa Grande & Senzala" (1933), livro considerado um divisor de águas da sociologia brasileira. O livro estuda a importância da presença do negro na cultura nacional e explica as origens do processo de miscigenação no Brasil.
Pixinguinha (1898-1973) - O carioca Alfredo da Rocha Viana Filho, um dos precursores do samba, era compositor, instrumentista e arranjador. Participou do conjunto ``Oito Batutas", criado em 1919. Ele é autor de um dos clássicos da música brasileira, ``Carinhoso", gravada pela primeira vez em 1937.
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) - Autor de duas obras fundamentais da historiografia brasileira, ``Raízes do Brasil" (1936) e ``Visão do Paraíso" (1958). Também atuou como crítico literário.
Donga (1889-1974) - O violonista carioca Ernesto Joaquim Maria dos Santos tornou-se conhecido por ter sido o intérprete do primeiro samba gravado, ``Pelo Telefone", em 1916. Também integrou o conjunto ``Oito Batutas", com Pixinguinha.
Prudente de Moraes Neto (1904-1977) - Conhecido como Pedro Dantas, era jornalista e político. Foi presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Patrício Teixeira (1893-1972) - Cantor e violonista carioca. Era companheiro de grandes chorões, como Pixinguinha, Donga, João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense.

"O encontro juntava, portanto, dois grupos bastante distintos da sociedade brasileira da época. De um lado, representantes da intelectualidade e da arte erudita, todos provenientes de `boas famílias brancas' (incluindo, para Prudente de Moraes Neto, um avô presidente da República). Do outro lado, músicos negros ou mestiços, saídos das camadas mais pobres do Rio de Janeiro. De um lado, dois jovens escritores, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, que iniciavam as pesquisas que resultaram nos livros `Casa Grande e Senzala', em 1933, e `Raízes do Brasil', em 1936, fundamentais na definição do que seria brasileiro no Brasil. À frente deles, Pixinguinha, Donga e Patrício Teixeira definiam a música que seria, também a partir dos anos 30, considerada como o que no Brasil existe de mais brasileiro."
Trecho do livro ``O Mistério do Samba", do antropólogo Hermano Vianna (ed. Jorge Zahar/ed. UFRJ)

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