São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
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Projeto nasceu como estudo sobre o rock

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

O que era para ser uma tese sobre rock acabou em samba. Durante a pesquisa, o antropólogo Hermano Vianna resolveu mudar a rota. Acabou contando os bastidores da ascensão do ritmo no livro ``O Mistério do Samba".
Explica uma carreira meteórica para a qual não faltaram atores e interesses diversos. Afinal, se no início dos anos 20 quem fosse pego cantando ou dançando samba corria o risco de passar a noite na cadeia, anos mais tarde quem não gostasse do gênero era ``ruim da cabeça ou doente do pé".
Para essa valorização, muitos grupos e pessoas tiveram papel importante: negros, ciganos, baianos, cariocas, intelectuais, políticos, folcloristas, compositores eruditos, franceses, milionários e até mesmo um embaixador norte-americano. Quase nunca com os mesmos interesses.
O Brasil começava a afirmar sua diferença construindo a imagem de um país de misturas.
Uma das coisas mais interessantes é o mapeamento das relações dos primeiros sambistas com outros grupos sociais.
Para ilustrar essa comunhão de fatores, Vianna resgata um encontro entre os sambistas pioneiros e a jovem intelectualidade para uma ``noitada de violão". Com ninguém menos do que Villa-Lobos, Pixinguinha e Donga.
(LAR)

Livro: O Mistério do Samba
Autor: Hermano Vianna
Preço: a confirmar
Páginas: 196
Lançamento: 10 de julho

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