São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

China nega aos EUA informações sobre americano preso há 13 dias

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A China se recusou a informar o paradeiro e as condições de saúde de Harry Wu, ativista pró-direitos humanos norte-americano detido pela polícia chinesa há 13 dias. Diplomatas dos EUA não puderam entrar em contato com ele.
Harry Wu, cidadão norte-americano nascido na China, foi preso no último dia 19, depois de cruzar a fronteira noroeste da China, vindo do Cazaquistão.
Ele se notabilizou por denúncias de que estariam sendo vendidos órgãos de prisioneiros executados pelo governo de Pequim.
Harry Wu passou 19 anos em campos de trabalho forçado na China. Seu caso é mais um ponto de tensão nas relações entre China e EUA. Deputados americanos exigem a libertação de Wu.
A crise entre os dois países começou com a visita "particular" do presidente de Taiwan, Lee Teng-hui, aos EUA, autorizada por Washington no início do mês.
Os chineses querem impor isolamento diplomático a Taiwan, país de regime anticomunista.
A China, violando acordo bilateral, tem impedido o contato de diplomatas norte-americanos com Harry Wu. Ele estaria detido num hotel na cidade de Karamay (noroeste da China).
O país diz estar investigando uma viagem de Harry Wu em 1994, na qual o americano procurava dados sobre prisões chinesas.
Na ocasião, ele teria visitado regiões fechadas para estrangeiros. A China proíbe que estrangeiros entrem em áreas pobres ou em regiões com campos de prisioneiros.

Texto Anterior: Ieltsin aceita a demissão de três 'superministros'; Gratchev fica
Próximo Texto: Grant e namorada se reencontram
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.