São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
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Ieltsin aceita a demissão de três 'superministros'; Gratchev fica

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, aceitou ontem a demissão do ministro do Interior, Victor Ierin, do ministro da Segurança, Serguei Stepachin, e do vice-primeiro-ministro Nicolai Iegorov. Ieltsin negou a demissão do ministro da Defesa, Pavel Gratchev.
Os quatro são os principais ministros do gabinete do premiê Viktor Tchernomirdin e tinham oferecido seus cargos na quarta. A demissão dos ministros deve facilitar a manutenção de Tchernomirdin.
O governo tinha sofrido um voto de desconfiança da Duma (equivalente à Câmara dos Deputados do Brasil) na semana passada. Hoje, os deputados decidem se reiteram o voto.
A Duma votou a moção de desconfiança por considerar ``covarde" a condução da operação de resgate dos mais de mil reféns tomados por tchetchenos em um hospital de Budennovsk (sul), há duas semanas. Pelo menos 121 pessoas morreram no episódio.
Se o gabinete receber um segundo voto de desconfiança, Ieltsin é obrigado a convocar eleições parlamentares ou destituir o governo.
Ontem, os líderes do governo indicado pela Rússia para a Tchetchênia ofereceram renúncia e pediram que o líder tchetcheno, Djokhar Dudaiev, faça o mesmo.
A Tchetchênia reivindica sua independência desde 1991. A Rússia enviou tropas em dezembro de 1994 para reprimir os separatistas.
O vice-presidente dos EUA, Al Gore, em reunião com Tchernomirdin em Moscou, não conseguiu que a Rússia suspendesse a venda material nuclear ao Irã.

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