São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Festa de aniversário tem sambista e dona-de-casa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um sambista, uma professora, uma assistente social, uma dona-de-casa e dois sindicalistas representaram ontem a sociedade civil na festa de primeiro aniversário do Plano Real.
Eles acompanharam o presidente Fernando Henrique na cerimônia realizada ontem no Centro de Treinamento do Banco do Brasil.
A idéia do governo foi dar tom popular à festa. A Força Sindical, única central de trabalhadores que apóia o governo, enviou um ônibus com 50 pessoas de São Paulo.
A representação social foi completada por Lúcia Pacífico Homem (presidente da Associação de Donas de Casa de Minas Gerais ), Maria Luíza Roth (professora primária), Martinho da Vila (sambista), Maria Costa de Oliveira (assistente social), Osíris Rodrigues Reis (aluno modelo de Goiás) e os sindicalistas Enilson Simões de Moura e Paulo Pereira da Silva.
FHC chegou às 9h55, de helicóptero, mas atrasou na cerimônia em 25 minutos porque ficou reunido com o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB).
Foi uma festa com clima ufanista. Um painel trazia a imagem de uma nota de R$ 1 e a frase: “Real, isto é só o começo”. Também foi lançado um selo comemorando o aniversário do plano.
Pércio Arida, ex-presidente do Banco Central, não compareceu. Outro orador foi o cientista político Bolívar Lamounier, que ressaltou a recuperação da credibilidade política.
Já o embaixador Rubens Ricupero, que sucedeu FHC no Ministério da Fazenda, em 94, fez ontem sua primeira aparição em uma solenidade governamental desde sua saída do governo.
O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse que existem três desafios para o Plano Real daqui para frente. O primeiro deles é continuar a estabilização da moeda.
Os outros dois desafios são um crescimento sustentado para a geração de empregos e a redução do nível de pobreza.

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