São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995 |
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Lua-de-mel Deputado por Santa Catarina na década de 50, Leoberto Leal era ligado ao líder catarinense Nereu Ramos. Porém, contrariando seu mentor, decidiu apoiar Juscelino Kubitschek para presidente. Feliz, Juscelino disse ao amigo Tancredo Neves que, se perdesse a eleição por pouco no Estado, Leal seria ministro da Justiça. E JK realmente teve boa votação ali. Todavia, devido à atuação de Nereu no turbulento período após a eleição, o novo presidente resolveu dar-lhe a Justiça. O problema é que Tancredo já havia dito a Leal que o cargo era seu. Nas semanas seguintes, Tancredo evitou cruzar com Leal. Enquanto isso, Nereu demitia todos os afilhados políticos de Leal. Até que Tancredo esbarrou com Leal. Sem graça, perguntou: - E então? Como você está com o Nereu? Leal foi rápido: - Estamos em lua-de-mel! Tancredo respirou aliviado. Mas Leal emendou: - Pois é, em lua-de-mel: ele não me deixa em paz de manhã, de tarde, de noite... Texto Anterior: História sem fim; Débito permanente; Indústria da apelação; Quantidade e qualidade; Alvoroço no ninho; Vai esquentar; Vaidade; Síndrome de agosto; Haja tinta Próximo Texto: Caindo na (no) Real... Índice |
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