São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Governo quer extinguir órgão

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO; PP

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO; PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A diretoria do Centro Educacional Paulo Campos Guimarães, em Belo Horizonte, alegou que não tem como prestar atendimento adequado a todos os 180 internos da instituição.
O órgão tem 150 funcionários e é subordinada à Febem (Fundação Estadual de Bem Estar do Menor).
O governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), disse à Folha que ``o modelo da Febem está falido" e que foi esse o motivo que levou o governo mineiro a propor a extinção do órgão no Estado.
Há cerca de três meses o governo apresentou projeto que extingue a Febem e incorpora todas as unidades do órgão à Secretaria Estadual da Criança e do Adolescente.
Pelo projeto, a Febem será extinta até dezembro.
O presidente da Febem, James Landeia, afirmou que a ``situação é grave" nas unidades da Febem.
``A gente tem que agir com muita rapidez e determinação. Não podemos aceitar que essas coisas aconteçam no final de século 20", afirmou James Landeia.

Recurso
O promotor Denilson Pacheco disse que a Justiça determinou, há dois anos, que o Estado providenciasse recursos humanos necessários para o atendimento adequado aos internos do centro.
Houve um recurso e até hoje a determinação não foi cumprida, afirma Pacheco. ``A situação vem se agravando, mas a Justiça é muito morosa", disse.

Reunião
Os representantes da Coordenadoria dos Direitos Humanos da Prefeitura de Belo Horizonte (MG), que se reuniram na última sexta-feira para discutir o assunto, querem que o governo do Estado seja imediatamente responsabilizado pelos maus-tratos supostamente sofridos pelos internos no Centro Educacional Paulo Campos Guimarães.
(CHS E PP)

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