São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995 |
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Justiça absolve acusado de marcar mulher
PAULO FRANCISCO
Porter, professor de inglês, foi denunciado pela própria E., costureira. Ele teria marcado as letras "P, "U e "T nas nádegas da mulher, usando pedaços de ferro retirados de uma grelha de fogão. Segundo o juiz, a absolvição, decidida na última sexta-feira, foi por falta de provas da autoria do crime por Porter, que era também acusado de estupro, lesões corporais, cárcere privado e atentado violento ao pudor. Segundo E., Porter cortou seu cabelo, a amarrou com uma corrente e trocou as fechaduras da casa em que moravam, após discussão. E. disse que Porter a acusava de traição, negada pela mulher. O norte-americano foi solto ontem da penitenciária João Chaves, onde estava preso desde março, e disse que vai processar a mulher. A advogada da costureira, Joilce Gomes Santana, 44, disse que amanhã deverá entrar com recurso no Tribunal de Justiça do Estado. Na última sexta-feira, E. disse à Agência Folha que está com medo de sofrer represálias por parte do norte-americano. ``O juiz errou em inocentá-lo", afirmou. Natural de Cleveland (Ohio), Porter chegou a Natal em 93. Em 24 de agosto do ano passado, ele casou com a costureira e entrou, na PF (Polícia Federal), com pedido de permanência no Brasil. Depois de ser preso e encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher, Porter teve o visto suspenso. Agora, ele pretende entrar com mandado de segurança para garantir sua permanência no país. Texto Anterior: Estudante nega ter sido forçada a abortar Próximo Texto: Governo quer extinguir órgão Índice |
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