São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Método se prepara para virada do século

DA REPORTAGEM LOCAL

O desafio da virada do século para qualquer empresa do setor de construção civil se traduz na necessidade de tornar-se cada vez mais eficiente. Essa virada vai ocorrer dentro de cinco anos e meio, ou 66 meses.
Para enfrentar e vencer esse desafio, a Método Engenharia vem se preparando há oito anos anos, segundo Oscar Vicente Simões de Oliveira, 42, diretor de desenvolvimento da empresa.
Em palestra na Folha para a série ``A Busca da Qualidade Total", Oliveira disse que somente com planejamento, eficiência e competência será possível fazer essa travessia de forma segura.
Fundada em 1973 por dois engenheiros, a empresa implantou um programa de qualidade total em 1987. O ``Programa de Produtividade Global" passou a atuar de modo integrado sobre três vertentes: gestão e administração, recursos humanos e tecnologia.
A filosofia da empresa é que, para superar os desafios, é preciso ``saber pensar antes, pensar longe", ou seja, estar sempre aberto para fora, atento para captar não só as mudanças que se processam no contexto socioeconômico, como para absorver as últimas conquistas do desenvolvimento tecnológico.
Investir em tecnologia não se reduz à compra e operação de equipamentos sofisticados, mas envolve mudanças estruturais e culturais, segundo Oliveira.
Assim, o sucesso de uma empresa depende fundamentalmente de sua credibilidade junto ao público, e essa credibilidade só se mantém em função da qualidade do serviço prestado, afirma o diretor da Método.
A qualidade é a principal testemunha, resistente ao tempo, do bom desempenho da empresa. Uma obra, apesar de contratada por um cliente específico, depois de concluída passa a pertencer a seus usuários, ou seja, a comunidade, e será por ela permanentemente avaliada.
Portanto, a qualidade da obra não deve apenas satisfazer ao contratante, mas sim apresentar um padrão de qualidade diferenciado em relação ao mercado, afirma o diretor da Método.
Não basta, porém, querer fazer bem feito. Qualidade só pode ser objetivamente garantida por uma infra-estrutura organizacional bem montada. Fazer bem feito pressupõe bom treinamento de pessoal, bons profissionais, boas condições de trabalho, boa tecnologia e bom marketing, diz Oliveira.
``Imaginar que uma empresa se reduz a um instrumento de gerar lucro para o capitalista é uma visão simplista, um erro grosseiro que solapa pela base sua produtividade potencial", diz um dos princípios da empresa.
Por isso, a maior parcela do lucro é reinvestida na empresa. ``Significa optar pelo crescimento consolidado a longo prazo, em vez do enriquecimento pessoal dos acionistas a curto prazo", afirma Oliveira.
Para a Método, o empresário que não investe na própria empresa perde competitividade -ele não tem como motivar os funcionários a investir em uma coisa em que ele mesmo não acredita.

Texto Anterior: Destinação do IPMF é questionada juridicamente
Próximo Texto: Freios Varga fala amanhã
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.