São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995 |
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Destinação do IPMF é questionada juridicamente
DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO" A intenção do governo de recriar o IPMF (Imposto Provisório Sobre Movimentação Financeira) e destinar sua arrecadação à cobertura de rombos orçamentários supostamente nas áreas da saúde e agricultura já encontra opositores.Alexandre Motonaga, advogado da Ernst & Young, acredita que, do ponto de vista jurídico, é impossível criar o imposto com este fim, já que a Constituição veda a instituição de tributos com destinação específica. Mesmo que o governo recriasse o IPMF na forma de contribuição social, esbarraria na legislação. É que, segundo o advogado, isso só poderia ser feito para financiar a saúde e por meio de lei complementar -o que vedaria a destinação para a agricultura. Além disso, Motonaga observa que o surgimento periódico de um imposto provisório acaba transformando-o em permanente, o que desvirtua seu caráter temporário e desmoraliza o governo. Para ele, em vez de criar mais impostos, o governo deveria combater a sonegação, já que existem duas castas na sociedade: a que paga tributos e a que sonega. Texto Anterior: Hora é ruim para adesão às demissões voluntárias Próximo Texto: Método se prepara para virada do século Índice |
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