São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Grupo Olacyr se associa à AT&T

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A norte-americana AT&T, maior empresa de telecomunicações do mundo, acaba de assinar contrato com o grupo Itamarati, do empresário Olacyr de Moraes, e com a Splice do Brasil para disputar o mercado de bips eletrônicos no Brasil.
Os três grupos vão constituir uma empresa para explorar o serviço de radiochamada conhecido como ``paging", sistema em que mensagens transmitidas por uma central são captadas por pequenos aparelhos chamados ``pagers", versão moderna dos antigos bips.
O serviço já existe no Brasil e atende cerca de 200 mil usuários. O faturamento do mercado ainda é pequeno (US$ 85 milhões por ano).
No entanto, há estimativas de que o número de assinantes pode chegar a 2 milhões em menos de cinco anos, o que representaria um faturamento de US$ 850 milhões por ano.
Os três grupos vão constituir uma empresa, que ainda não tem nome, para explorar o serviço em âmbito nacional, com ambições de se transformar na maior operadora do mercado.
A AT&T vai participar do negócio através da empresa MCcaw, que ela adquiriu em 1994, por US$ 12,5 bilhões.
A MCcaw, que passará a se chamar AT&T Wireless Services, é a maior companhia de telefones celulares dos Estados Unidos (3 milhões de assinantes). O grupo AT&T fatura US$ 75 bilhões por ano.
O grupo Itamarati, que fatura US$ 1,3 bilhão por ano, será representado por sua subsidiária Itatel (Itamarati Telecomunicações), criada no ano passado.
A Splice do Brasil é fabricante de equipamentos de telecomunicações. A indústria, sediada em Sorocaba (interior de São Paulo), fatura US$ 100 milhões por ano e já é parceira do Itamarati no projeto Localsat, para lançamento de satélite.
O fechamento do negócio foi confirmado pelo presidente da Itatel, Marcos Moraes. Segundo ele, cada um dos sócios terá um terço das ações da empresa.
Existem centenas de concessões para exploração local do serviço de radiochamada no Brasil, que foram distribuídas pelo Ministério das Comunicações durante os governos Collor (1990-92) e Itamar Franco (1992-94). Apenas três empresas obtiveram concessão para operar o serviço em nível nacional (leia reportagem abaixo).

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