São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995 |
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Senado decide limitar gastos com saúde
RAQUEL ULHÔA
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), assinou no último dia 29 um ato com essas disposições. O Senado fez, no fim de 94, antes da abertura deste ano legislativo, uma reforma no edifício e na aparelhagem do serviço médico, que custou cerca de US$ 1 milhão. Se quiserem, senadores e ex-senadores podem utilizar os serviços desse departamento. ``O senador ou ex-senador podia apresentar nota de qualquer médico ou serviço para ele, seu cônjuge ou dependente, e o Senado ressarcia as despesas", afirmou o primeiro secretário, Odacir Soares (PFL-RO). O parlamentar podia também consultar-se com médicos no exterior, tudo financiado pelo Senado. Para Soares, as novas regras vão possibilitar uma economia para o Senado de cerca de R$ 500 mil somente neste ano. Segundo assessores da diretoria geral do Senado, a Casa pagou neste ano aproximadamente R$ 50 mil ao ex-senador Antônio Mariz, hoje governador da Paraíba (PMDB), por gastos com saúde. Outro ex-senador que deu ao Senado uma despesa de cerca de R$ 25 mil neste ano foi o vice-governador do Mato Grosso, Márcio Lacerda (PMDB). O primeiro secretário calcula que o Senado já tenha gasto neste ano mais de R$ 100 mil com ressarcimento de despesas médico-hospitalares a ex-senadores. Na última quarta-feira, na cerimônia de posse do novo diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, o ex-senador Iram Saraiva, hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), reclamou publicamente com Odacir Soares contra o fim do privilégio de ter as contas pagas pelo Senado. Em tom de brincadeira, Saraiva afirmou ao senador que, quando chegarem ao TCU as contas do Senado, ele não vai aprová-las. Sarney tomou a decisão porque ficou assustado com a quantidade de contas apresentadas nas reuniões da Mesa para ressarcimento. Texto Anterior: Dupeyrat deixa direção do Senado para cuidar da segurança de Itamar Próximo Texto: Interesse nacional Índice |
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