São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995
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Equador adota estilo 'franco-atirador'

MARCELO DAMATO
ENVIADO ESPECIAL A RIVERA (URUGUAI)

O Equador vai jogar como franco-atirador, hoje, contra a seleção brasileira. O técnico Francisco Maturana disse aos jogadores que eles não devem se preocupar com o resultado.
O time está tão desentrosado -só treina junto há cinco dias- que até uma derrota, dependendo das circunstâncias, é encarada como satisfatória.
``Não temos nada a perder, só a ganhar", diz o meia Alex Aguinaga, destaque da equipe, resumindo o espírito da comissão técnica e dos jogadores mais experientes.
``Não estamos preocupados com os resultados, apenas com a maneira de o time jogar", explica o técnico Francisco Maturana.
Para ele, a Copa América só importa como etapa da preparação para as eliminatórias da Copa do Mundo de 98, que serão disputadas daqui a dois anos.
Maturana está há três meses no comando da equipe e já mudou uma vez seu planejamento. A princípio, queria prescindir dos jogadores mais experientes. Mas sentiu que a nova safra ainda é muito inexperiente e voltou atrás.
``Vamos jogar o nosso futebol. Mas o Brasil é muito mais forte. Não se pode esperar tampouco algo como a seleção da Colômbia, que tem jogadores muito mais técnicos", acrescenta.
O Equador deve jogar na defesa. Os laterais Guamán e Capurro pouco vão atacar, assim como os volantes Carabalí e Quiñonez.
``Vamos jogar nos erros do Brasil", afirma Quiñonez, que já atuou no Vasco da Gama (89-91).
E os pontos fracos do Brasil já foram levantados. Maturana vê um buraco na defesa brasileira, mas não relata onde.
Até os jogadores já têm sua estratégia. O lateral-esquerdo Capurro, 34, elaborou uma receita para parar o atacante Edmundo.
``Ele é um jogador fácil de marcar, porque se irrita muito." Que tipo de provocação pretende fazer para irritá-lo, ele, porém, não diz.
O ponto forte do Equador, contudo, deve ser o ataque. A dupla de frente, formada por Eduardo Hurtado e Díaz, está entrosada e em forma. Cabe a eles finalizar as jogadas criadas por Aguinaga.

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