São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995
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Avisos aos navegantes - 1

JUCA KFOURI

Dias atrás perguntei a um alto dirigente de um dos grandes bancos do país qual teria sido o motivo que levou a CBF a demorar quase um ano após o tetra para lançar seu cartão de afinidade. ``Nós procuramos a CBF em seguida à conquista, mas um pedido de R$ 800 mil a título de comissão fez com que abandonássemos a idéia", revelou constrangido. A demora está explicada. E o cartão, por sinal, não vai bem.

A questão cabe mais no delicioso espaço do Josué Machado mas, em todo caso... Que mania é essa de os nossos locutores esportivos falarem ``a bola passou por sobre o gol", ``por sobre a cabeça" e por aí afora. Será que eles não percebem que falar ``por sobre" é o mesmo que dizer por por cima?
E os que dizem que voltam ``daqui um pouco"? Que tal voltarem daqui dois poucos? Ou melhor, que tal se não voltassem?

O brasileiro Victor Matsudo é o primeiro médico do Terceiro Mundo a receber o Prêmio Philip Noel Baker, mais alta condecoração concedida pelo Conselho Internacional da Ciência do Esporte e da Educação Física, um organismo reconhecido pela Unesco e pelo Comitê Olímpico Internacional, em recente reunião no Canadá.

Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo e, mais importante, do Clube dos 13 quando aconteceu a Copa União -a mais bem sucedida competição do futebol brasileiro em décadas-, ocupará a vaga no Conselho Superior dos Esportes do ministro Pelé.

O juiz de direito Airton Vieira acompanhou o parecer da promotora de Justiça Vera Martins Serra Espuny Barreto e rejeitou a queixa-crime do ex-presidente do São Paulo José Eduardo Mesquita Pimenta contra este colunista.

Como se vê, nós, jornalistas, damos notícias, erramos no português, somos processados, enfim, somos profissionais como quaisquer outros -embora andemos com a credibilidade baixa, como atestam todas as pesquisas. Os jornalistas esportivos, principalmente os dos meios eletrônicos, são fortemente responsáveis por isso. É que além de mais notórios, em regra eles confundem a cabeça do público misturando jornalismo com propaganda, promoção de eventos, venda de patrocínios, placas em estádios etc. Voltaremos ao tema.

Haverá pecado se o Brasil neutralizar a linha do Equador?

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