São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995
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Escultor inspira espetáculo

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Espetáculo: Museu Rodin Vivo
Onde: Sesc Ipiranga/Jardim do Museu do Ipiranga (r. Bom Pastor, 822, tel. 011/273-1633)
Quando: hoje e amanhã, às 21h, e domingo, às 19h
Ingressos: gratuitos, podem ser retirados no Sesc Ipiranga; Cinesesc (r. Augusta, 2.075, tel. 011/282-0213); Pinacoteca do Estado (av. Tiradentes, 141, tel. 011/228-1148)

A dança inspirou Rodin, e agora são as esculturas de Rodin que estimulam a realização da coreografia que será apresentada neste fim-de-semana no Sesc Ipiranga.
``Museu Rodin Vivo", de Marcos Ribas, reúne 30 bailarinos nos 320 metros quadrados dos jardins do Museu do Ipiranga. Durante duas horas, o elenco proporciona situações cênicas diversas. Cabe ao espectador escolher a que mais o atrai.
``Rodin é o escultor do corpo em movimento. Ele rompeu com a imobilidade da escultura", diz Ribas, também diretor do Grupo Contadores de Histórias, com sua mulher, Rachel Ribas, que, depois de uma bem-sucedida carreira com teatro de bonecos, hoje se dedica às novas possibilidades da dança.
``Museu Rodin Vivo" nasceu em 1991, em um estágio realizado por Ribas no Jacob's Pillow Festival, da Filadélfia (EUA). A estréia em São Paulo ocorreu em 1993.
O vídeo do espetáculo agradou Jacques Vilain, diretor do Museu Rodin de Paris e curador da exposição que está se realizando na Pinacoteca do Estado, que sugeriu a realização de uma nova versão.
``É um espetáculo difícil de ser definido. Pode ser dança, performance ou instalação. O público assiste como se estivesse caminhando numa exposição, onde os bailarinos dançam baseados nos movimentos das esculturas de Rodin", diz Ribas.
As músicas são de Brahms e Beethoven. Além dos bailarinos, participam da produção dois escultores, que, durante a temporada, estarão esculpindo uma reprodução de ``A Grande Sombra", no tamanho do original, com mais de dois metros de altura.
Segundo Ribas, a reprodução estará pronta no último dia da temporada, permitindo que o público se integre ao processo de criação.

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