São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 1995
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Sem estrelas, Mogi aposta no `conjunto'

GUSTAVO PORTO
DA FOLHA SUDESTE

O Mogi Mirim, líder do Grupo 1 da segunda fase do Campeonato Paulista, vai apostar no conjunto para chegar à final.
No momento, o Mogi tem sete pontos, contra seis do Palmeiras e quatro do São Paulo e do Guarani.
Caso o time empate em número de pontos com o Palmeiras ao final desta fase, ficará com a vaga, por ter maior número de vitórias no torneio (16 a 13, até agora).
Grande parte da equipe é formada por jogadores vindos de outros Estados, principalmente da região Nordeste do Brasil.
Apenas o zagueiro Capone veio das categorias inferiores do time.
Para o atacante Mauro, 32, campeão brasileiro em 1990 pelo Corinthians, a união dos jogadores é um fator importante.
``Mesmo já tendo passado por vários clubes, estou aprendendo muito com esses jogadores, que se esforçam para conseguir o que querem", diz Mauro.
O meio-campista Moreno, que veio do Rio Branco de Americana, afirma que a ausência de ``estrelas" é benéfica.
``Nós conversamos muito e sempre discutimos o que está errado. Além disso somos comandados pelo Pedro Rocha, que nos ajuda muito", afirma Moreno.
O técnico assumiu o Mogi pela quarta vez no início do Paulista em substituição a Delei.
Rocha foi contratado junto ao Rio Branco de Andradas (MG), após levar o time à primeira divisão do Campeonato Mineiro desta temporada.
Comandado por Pedro Rocha, o Mogi foi sendo formado durante o primeiro turno da Série A-2.
O artilheiro do time, Valdo, com oito gols, chegou à equipe somente na última partida do primeiro turno da série.
Naquele momento, Rocha utilizou o esquema 3-5-2 (três atacantes, cinco meio-campistas e dois atacantes), usado anteriormente pelo técnico Oswaldo Alvarez, quando o time ainda tinha Válber e Rivaldo, hoje no Palmeiras.
Com a classificação às finais, Pedro Rocha mudou o esquema. Retirou o atacante Sandro Gáucho e colocou o meia Rodrigo.
Com isso, a equipe passou a jogar com seis jogadores no meio-campo e apenas Valdo no ataque.
Rocha afirma que, apesar de parecer, o esquema não é defensivo. ``Quando a equipe está sem a bola, todos os jogadores têm a função de marcar. Quando recuperamos a bola, a ordem é atacar".

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