São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995
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Argentina liga iranianos a atentado de 94

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Autoridades argentinas disseram que as investigações sobre a explosão que destruiu há um ano a sede da comunidade judaica em Buenos Aires resultaram em "mais provas e certezas" de que os responsáveis seriam iranianos.
Amanhã será o primeiro aniversário do atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), que matou 96 pessoas. A polícia ainda não chegou a nenhuma conclusão sobre a autoria do atentado.
Juan José Galeano, juiz encarregado das investigações, disse que os novos indícios seriam suficientes para que os diplomatas iranianos "dessem alguma explicação".
No ano passado, Galeano mandou prender quatro funcionários da embaixada iraniana na Argentina, suspeitos de participação do atentado. A medida criou atrito entre os dois países, que chamaram seus respectivos embaixadores de volta.
O juiz não descarta uma ação estrangeira, com ou sem apoio local. "Um serviço secreto europeu" teria lhe enviado provas que ligariam o grupo fundamentalista islâmico Hizbollah ao atentado.
Carlos Telleldín, vendedor do veículo usado para transportar os explosivos e o único detido até agora, acusou a polícia local de envolvimento no atentado.
Ele disse que "uma pessoa muito importante" (não identificada) chegou a lhe propor liberdade depois das recentes eleições presidenciais, caso cooperasse.
Ontem foi realizada uma homenagem para as vítimas, em um cemitério judaico em Buenos Aires.

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