São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995 |
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Comboios chegam à capital BRUNO BLECHER BRUNO BLECHER; ABNOR GONDIM
A marcha dos agricultores entra hoje em Brasília com cerca de 600 caminhões, na avaliação da Folha e do Comando de Policiamento do Distrito Federal. Mais 98 caminhões, segundo contou a Folha, estavam estacionados ontem na Esplanada dos Ministérios, totalizando cerca de 700. Os organizadores do movimento ``Não posso plantar - Marcha sobre Brasília" estimam em 1.200 o número de caminhões. O maior comboio, Sul-Sudeste, chegou ontem à noite em Luziânia (30 km de Brasília), com 247 caminhões, após passar por seis Estados e percorrer 2.365 quilômetros. O comboio do Centro-Oeste, que percorreu 1.700 km de Sinop (norte do Mato Grosso) a Brasília, estava estacionado na noite de ontem no posto fiscal da BR-060, à espera da autorização da Polícia Militar para entrar na cidade. Segundo Roberto Gorayeb, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Mato Grosso, o comboio do Centro-Oeste é formado por cerca de 230 caminhões, incluindo Mato Grosso e sudoeste de Goiás. A Polícia Militar contou 180 caminhões. Por acordo entre a Polícia Militar e os coordenadores do movimento, os caminhões ficaram retidos nas BR-020, 040 e 050, para entrarem, às 21h, na cidade, escoltados por batedores até a Esplanada dos Ministérios. Hoje, a programação dos agricultores começa às 7h00 com uma missa na Catedral de Brasília. Em seguida, os caminhões pretendem promover um ``buzinaço", iniciando o ato público do movimento. A coordenação nacional do movimento estava preparando, na noite de ontem, o documento a ser entregue hoje ao presidente interino da República, Marco Maciel. Ontem, a caravana Sul-Sudeste partiu, às 8h de Uberlândia (MG) para cumprir os 400 km finais de sua viagem. O comboio provocou grande congestionamento na BR-050. Os 195 caminhões ocupavam quase 8 km de pista. Texto Anterior: 'Retornem', pede FHC Próximo Texto: Governo reabre negociações Índice |
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