São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995 |
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PFL volta a criticar Serra por demora na privatização
GABRIELA WOLTHERS
Para Bornhausen, se a legislação é obstáculo, o presidente Fernando Henrique Cardoso deveria editar uma MP (medida provisória) para acelerar o processo. A afirmação é uma resposta a Serra. Após as primeiras cobranças dos pefelistas, o ministro afirmou que o governo é obrigado a adotar um ritmo lento nas privatizações ``para não desrespeitar a lei". O presidente pefelista também considerou que Serra foi ``complacente demais" nas negociações com o Congresso para a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), no início de julho. Segundo ele, foi o ministro quem permitiu que o Congresso retirasse da lei o artigo que obrigava o governo a aplicar os recursos das privatizações apenas no pagamento da dívida interna. ``O ministro deveria ter sido inflexível nesta questão, pois agora os Estados vão pressionar para que os recursos decorrentes das privatizações sejam gastos em infra-estrutura, e o problema da dívida interna não será resolvido", disse. Em mais de seis meses de gestão, o governo FHC só privatizou a Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas). Para Bornhausen, a demora deve-se ao fato de Serra acumular ``muitas atribuições". Segundo ele, a solução seria FHC nomear um ministro extraordinário para as privatizações. ``Não seria necessário a criação de um ministério, mas a designação de uma pessoa com status de ministro, que despacharia diretamente com o presidente, sem intermediários", disse Bornhausen. Texto Anterior: O destinatário exclusivo Próximo Texto: Pefelista desafia o ministro Índice |
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