São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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Dersa terá que explicar preço da Carvalho Pinto

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo requisitou ontem à Dersa informações sobre todos os preços pagos na construção da rodovia Carvalho Pinto.
No ofício, o chefe do Ministério Público, o procurador-geral de Justiça em exercício, Marino Pazzaglini Filho, citou os custos unitários apontados em reportagem publicada no último domingo pela Folha.
Os preços indicam que, em pelo menos nove itens de materiais e serviços, os valores pagos superam os de mercado.
Os valores desses itens, segundo auditoria em curso no governo de São Paulo, superam em até 346% os de mercado.
Em média, os preços pagos pela Dersa são 51,4% mais altos que os de mercado.
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) tem prazo de dez dias para responder o ofício do Ministério Público. Se ela não conseguir levantar todos os dados nesse período, pode pedir prorrogação de prazo.
Até as 18h de ontem, a assessoria de imprensa da Dersa não tinha informação se o ofício do Ministério Público havia chegado à presidência da empresa.
Inaugurada incompleta na administração Luiz Antonio Fleury Filho, a rodovia Carvalho Pinto faz a ligação entre a rodovia Ayrton Senna (antiga Trabalhadores) e a cidade de Taubaté (134 km a nordeste de São Paulo).
A estrada foi orçada inicialmente em R$ 360 milhões, em 1990 (governo Orestes Quércia).
Depois, foi reajustada para R$ 446 milhões, em 1991. A rodovia vai custar R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.

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