São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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TCE anula concorrência para ampliar metrô

DA REPORTAGEM LOCAL

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) decidiu ontem anular a concorrência realizada em 1991 para prolongar a linha do metrô entre a estação Ana Rosa e a Vila Prudente (zona leste).
O consórcio formado pelas empreiteiras CBPO, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Queirós Galvão, Constran e Mendes Júnior -que ganhou a concorrência- não deu início às obras.
No governo de Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), entre 1991 e 1994, houve cinco termos aditivos ao contrato -estimado em US$ 1 bilhão- prorrogando o prazo para o início das obras.
Para o conselheiro Eduardo Bittencourt, autor do parecer aprovado ontem pelo TCE, o adiamento por quatro anos do início das obras ``enseja inúmeras interpretações, como falta de verba e reserva de mercado para empreiteiros".
Ele entende que o contrato assinado em 91 não tem mais validade e é preciso fazer uma nova concorrência para a obra.
A Mendes Júnior informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que se considera prejudicada com a anulação da concorrência, já que a obra não teve início por culpa do governo.
A empresa está estudando que medidas tomará no caso. As outras não quiseram se pronunciar.

Governo
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, disse que só vai falar sobre a decisão do TCE depois de conhecê-la oficialmente.
O trecho Ana Rosa/Vila Prudente faz parte da linha Oratório/Vila Madalena, de 17,7 km. Atualmente, apenas um trecho de 6 km está em operação.
Quando a linha Oratório/Vila Madalena estiver pronta, 1 milhão de passageiros serão beneficiados.

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