São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995 |
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EUA registram défict comercial recorde
DANIELA FALCÃO
Segundo o Departamento de Comércio, os dois fatores que mais contribuíram para o aumento do déficit foram o aumento do consumo de produtos importados e a alta no preço do petróleo. As importações de petróleo significaram gastos de US$ 4,5 bilhões em maio. Foi o maior volume pago desde novembro de 1990. A expectativa dos analistas era de que o déficit ficasse em torno de US$ 9 bilhões. Isso porque, com o desaquecimento da economia norte-americana, a previsão era de queda na demanda por importados e recuperação das exportações. Maio foi o quarto mês consecutivo em que os Estados Unidos quebraram o recorde do déficit em sua balança comercial. Em abril, o déficit havia sido 0,1% menor (US$ 11,42 bilhões). As importações de maio totalizaram US$ 76,24 bilhões, enquanto as exportações chegaram a US$ 64,81 bilhões. Com esse resultado, o déficit anual acumulado em 1995 chega a US$ 126,89 bilhões. No ano passado a balança comercial dos EUA fechou com déficit de US$ 52,8 bilhões. A única notícia comemorada pelos americanos ontem foi a de que o déficit com o Japão diminui de US$ 6,4 bilhões para US$ 5,5 bi. Foi a melhor performance da economia dos EUA em relação ao Japão desde fevereiro. Para os analistas, a queda no déficit com o Japão é resultado do acordo entre os dois países sobre importação de carros. O Japão comprou mais auto-peças norte-americanas e, ao mesmo tempo, houve uma redução de 11,3% na importação de carros japoneses pelos americanos. Depois do Japão, a China foi o país que mais contribuiu para o aumento do déficit, com um resultado de US$ 2,84 bilhões favorável à China em relação aos EUA. O déficit com o México foi de US$ 1,63 bilhão, o terceiro individual. Segundo analistas a melhor performance do México sobre os Estados Unidos é resultado da queda do poder aquisitivo dos mexicanos e, consequentemente, da diminuição das importações. Os EUA registraram superávit de US$ 5 bilhões apenas no setor de serviços, todavia pouco significativo frente ao déficit no intercâmbio de produtos. Texto Anterior: Pode sair falência da Casa Centro Próximo Texto: Agência eleva classificação do Brasil Índice |
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