São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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Pode sair falência da Casa Centro

DA REPORTAGEM LOCAL

A promotora de Justiça Vera Lúcia Nogueira Franco Moisés, da Curadoria de Massas Falidas do Estado de São Paulo, deu parecer favorável a decretação da falência da Casa Centro, segundo os advogados dos bancos credores.
Os advogados Paulo Esteves, 55, e Salo Kibrit, 37, disseram que a Promotoria entendeu que a empresa não reúne todas as condições exigidas por lei para que o pedido de concordata seja processado.
Kibrit acredita que até o final desta semana, o juiz da 39ª Vara Cível, Virgílio de Oliveira Junior, defira sobre a perícia contábil, a concordata ou a decretação da falência da Casa Centro, requerida pelos principais bancos credores.
A quebra do sigilo bancário da Casa Centro, dos sócios e dos filhos dos sócios, que são procuradores, foi pedida ontem pelos advogados Paulo Esteves e Salo Kibrit, à 39ª Vara Cível, onde se encontra o pedido de concordata já requerido.
Os representantes dos bancos credores afirmam que a falência já deveria ter sido decretada, porque a empresa, embora tenha feito empréstimos de R$ 238 milhões, não registrou o acréscimo correspondente nos ativos desde então.
A soma do valor dos estoques, estimado em R$ 20 milhões, mais o saldo e aplicações financeiras, de aproximadamente R$ ll milhões, correspondem ao giro de apenas 30 dias de negócios da empresa.
Procurados pela reportagem da Folha, os diretores da Casa Centro não foram localizados. Os funcionários contatados disseram não ter autorização para falar sobre o processo em andamento na Justiça.
Os procuradores da Casa Centro já foram indiciados em inquérito policial, na 78ª Delegacia de Polícia, para apuração de crimes de estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

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