São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995 |
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México registra desemprego recorde
FLAVIO CASTELLOTTI
Essa é a taxa mais elevada desde 1987, ano em que o Inegi (Instituto Nacional de Estatística, Geografia e Informática) realizou sua primeira pesquisa de desemprego urbano no país. Em comparação com maio de 94, a taxa subiu 106% e, segundo o economista Macário Schettino, professor do Colégio de México, deve continuar subindo até o fim do ano. Schettino não descarta a possibilidade de conflitos sociais, em função dos altos índices de desemprego. Nas grandes cidades, o problema é mais agudo. Em Monterrey, terceira cidade do país e centro da moderna indústria de transformação mexicana, a taxa é de 9,5%. A Cidade do México e Guadalajara têm, respectivamente, índices de 7,3% e 6,8%. As perspectivas não são nada boas. Segundo estudo da empresa de consultoria financeira Ciemex-Wefa, no final do ano, a taxa de desemprego no México vai chegar aos 10,9%. Isso significa um retrocesso a 22,4 milhões de postos de trabalho no mercado formal, mesmo número observado há seis anos. Para Alfredo Coutiço, diretor de análises macroeconômicas da companhia, a crise afetou mais do que se imaginava a planta produtiva mexicana. ``Por um lado, as finanças já mostram sinais de recuperação, porém o problema do desemprego só será resolvido a longo prazo", disse Coutiço à Folha. Desde o início da crise (dezembro de 94), 1,2 milhões de mexicanos perderam seus empregos. O presidente Ernesto Zedillo reconheceu que o país está vivendo uma fase ``dramática" em relação ao desemprego. Mas ele prevê uma recuperação da taxa em 96. Segundo dados do Inegi, aumentou também o número de pessoas que deseja mudar de emprego. Em maio de 94, essa taxa era de 6,1% e, em 95, está em 9,6%. Texto Anterior: Resseguro: que tipo de negócio é este? Próximo Texto: Negligência quebrou Barings, diz relatório Índice |
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