São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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Bolívia prorroga estado de sítio por três meses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, decidiu prorrogar por mais 90 dias o estado de sítio no país. A justificativa é o combate ao narcotráfico.
Segundo o governo, os agricultores que plantam a coca (planta usada na fabricação de cocaína) se negam a aceitar as leis de combate ao narcotráfico. Setores sindicais estariam prestes a promover distúrbios.
A oposição diz que a medida causa obstáculos à vida democrática do país e é má para a imagem da Bolívia no exterior.
O estado de sítio entrou em vigor, por três meses, em 18 de abril, e agora está sendo renovado.
Entre sexta-feira e sábado, 65 agricultores foram presos no interior do país por infringir o estado de sítio, bloqueando estradas e provocando tumultos que deixaram 21 feridos.
Quando um governo decreta estado de sítio, são suspensas algumas das garantias e direitos individuais que constam da lei. O estado de sítio boliviano, entretanto, é considerado "brando".
O governo prometeu que a medida servirá apenas para controlar qualquer ameaça de tumulto.
Não está prevista a adoção de toque de recolher ou a limitação das liberdades individuais, "a não ser que aconteçam fatos extraordinários", disse o ministro do Governo, Carlos Sánchez Berzaín, ao anunciar a medida.

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