São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 1995
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Avisos aos navegantes - 3

JUCA KFOURI

Cometeu-se um equívoco no ``Avisos aos navegantes - 2", que a coluna se apressa a corrigir: não há diferença de marca nas concessionárias de carros coreanos que, coincidentemente, Ricardo Teixeira e J. Hawilla -o dono da conta da CBF- inauguraram, um no Rio de Janeiro, outro em São José do Rio Preto: ambas são Daewoo. Hyundai é a marca coreana que pratrocina o Fluminense, clube do coração de João Havelange e que, até prova em contrário, apóia o Japão para sediar a Copa do Mundo de 2002.

Sobre a Daewoo, por sinal, outra coincidência. Era dessa marca o carro oferecido ao melhor jogador do Brasil no amistoso contra a Argentina, disputado antes da Copa de 1994, em Recife. Carro que ficou exposto com alarde e que acabou sendo doado à generosa campanha de Betinho. Sem segunda intenções, é claro.

Quase pegou fogo na primeira audiência que pôs frente à frente o ex-presidente do São Paulo Mesquita Pimenta e o empresário Todé. Chamado para confirmar o teor do famoso telefonema que gravou, Todé não só confirmou como abriu uma pasta cheia de outras fitas que envolvem, segundo disse o juiz, mais cartolas além de Pimenta. A audiência foi transformada em diligência para que as fitas sejam ouvidas.

Goleador é ``matador". O clássico entre Brasil e Argentina foi ``a guerra de Rivera". Adversário virou inimigo. Com esse linguajar, ainda há quem, na imprensa, se surpreenda com a violência das torcidas.

Esta coluna achava que conhecia Zagallo. Muito prazer.

Porque esta coluna teria apostado numa ``barriga" da Folha , que informou sozinha que Leonardo seria mantido no lugar de Zinho para enfrentar a Argentina. Era um furo.

A propósito: ``Brasil deve ter Leandro e Leonardo" é um achado.

O futebol americano está para o brasileiro assim como o cinema brasileiro está para o americano. Mas ``Sábado", de Ugo Georgetti, é melhor que ``Tiros na Broadway", de Woody Allen.

Finalmente, esta coluna deveria estar impressa em vermelho, ainda envergonhada com o gol com ``la mano del diablo" de Túlio.

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