São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995
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Betty Faria volta à TV em `A Idade da Loba'

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Com a ajuda da atriz Betty Faria, conhecida nacionalmente por ter atuado durante 25 anos em novelas da Globo, a Rede Bandeirantes entra na briga pela audiência do público de teledramaturgia.
A novela ``A Idade da Loba", que estréia amanhã às 19h, aborda um tema importante, mas até agora relegado ao segundo plano: a vida de mulheres maduras, com mais de 40 anos.
Além disso, a trama de Alcione Araújo vai mostrar o Rio de Janeiro histórico, da região central e dos subúrbios -longe da zona sul, tradicional cartão-postal da cidade.
A novela conta as aventuras e desventuras de duas lobas -referência às mulheres na faixa dos 40 anos-, que se mudam de uma cidade interiorana para tentar nova vida na cidade grande.
As amigas lobas Valquíria (Betty Faria) e Irene (Angela Vieira), de 45 anos, partem em busca de sua independência profissional e emocional.
Acabam por se envolver emocionalmente com o empresário Pedro Antônio Montenegro (Adriano Reis), antiga paixão juvenil de Valquíria.
Após deixar a Globo, no início de 94, Betty Faria não pensava em fazer novela tão cedo. Mas diz que foi ``laçada" pela chance de atuar com o diretor Jayme Monjardim em uma história diferente.
Segundo a atriz, agrada-lhe a idéia de protagonizar uma trama que pode mostrar às mulheres de meia-idade que elas devem continuar a ter esperança na vida.
Para ela, ``A Idade da Loba" se diferencia das histórias de amor de outras novelas que, em geral, giram em torno da expectativa feminina de encontrar um príncipe encantado. ``A minha personagem está procurando uma maior realização profissional, um lugar ao sol", diz.
Ao ficar viúva, Valquíria fica sem dinheiro e vai para o Rio tentar arrumar emprego. ``É uma personagem que transmite muita força."
Araújo, que escreve a novela com a ``loba" Regina Braga, enfatiza que as duas amigas triunfam no final ``por causa do trabalho e não por casarem com alguém rico".
Apesar das dificuldades das duas protagonistas, os dois autores querem falar de aspectos positivos da vida e da cidade do Rio de Janeiro.
``Ninguém vai puxar faca ou revólver", diz Araújo. ``É uma novela com muita doçura. Ninguém aguenta mais violência", completa Braga.

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