São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995 |
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'É muito chato acordar com dor e não poder trabalhar' Farmacêutico hemofílico reclama de falta de medicamento JAIRO BOUER
Para ele, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos hemofílicos no país é a falta do fator 8 purificado nos hospitais. Peppe Júnior explica que, quando falta o produto purificado, os hemofílicos recebem o crioprecipitado (derivado de sangue que contém outras proteínas além do fator de coagulação). ``Com o `crio', a gente tem muito mais reações desagradáveis como alergias e calafrios." Peppe Júnior trabalha em uma farmácia da sua família. ``Outro lado difícil para o hemofílico é conseguir trabalho", diz ele. ``Várias vezes, fui muito bem nas entrevistas e, quando contava que era hemofílico, acabava não sendo chamado." O farmacêutico considera que um hemofílico pode ter uma vida quase normal com algumas limitações. ``É muito chato acordar com muita dor no joelho, não poder trabalhar e ter que depender de outras pessoas para ir ao hospital. A falta de medicação e o preconceito pioram esses dias." (JB) Texto Anterior: Fundação dá atendimento especial para hemofílicos Próximo Texto: Transfusão expõe doente a HIV Índice |
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