São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Transição para os fundos novos beneficia commodities

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Bancos temem desinteresse pelos FIFs e fazem lobby contra CDB e poupança
O primeiro impacto das mudanças feitas na indústria de fundos será o crescimento do patrimônio da modalidade de commodities.
O investidor tem até outubro para aplicar nos fundos antigos e é pouco provável que migre para os novos até que seja obrigado, uma vez que a rentabilidade dos fundos novos (FIFS) deverá ser menor.
Apesar de o rendimento efetivo mensal líquido projetado do fundo de renda fixa superar em 0,19% (o equivalente a um dia de CDI) o do commodities, deve haver transferência de recursos do primeiro para o segundo. É que o renda fixa tem carência renovada a cada 28 dias e o commodities tem liquidez diária após 30 dias. Será possível, nele, montar um rentável colchão de liquidez por bom tempo.
Os administradores de fundos esperam que o BC modifique as normas para os CDB e a caderneta de poupança, considerados temidos concorrentes. Receiam que, caso não ocorra um alongamento forçado daqueles dois ativos, o patrimônio da indústria de fundos -que hoje soma R$ 50 bilhões (excluídas as carteiras de ações e de capital externo)- vai minguar a partir de dezembro. Espera-se que a maior parte dos cotistas irá para o CDB, mas os menos abonados devem ir para a poupança.
Por isso os administradores já começaram a fazer lobby. Querem um redutor maior que o atual para a TR -a sugestão é de 2%- na poupança por prazos mais longos (90 dias). Da mesma forma, esperam que o BC imponha um IOF para os CDB curtos (30 dias) e isenção para os longos (90 dias) que, no entanto, seriam taxados em casos de recompra antes do vencimento. Isto evitaria a possibilidade de drible no imposto, através da emissão de papel longo com repactuação em 30 ou 60 dias.
Mesmo que, por conta da baixa rentabilidade dos FIFs, o aplicador saia dos fundos e vá para o CDB, não haverá pressão adicional sobre os juros dos papéis, simplesmente porque a demanda será a mesma.

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sobre fundos na pág. 2-10

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