São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Honda programa retorno `triunfal'

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DO ENVIADO A HOCKENHEIM

A Honda deve voltar a disputar o Mundial de F-1 a partir da temporada de 1997. E empurrando carros de uma equipe própria, que cumpriria um ambicioso programa de testes no próximo ano.
Depois de brilhar na década de 80, com a Williams e a McLaren, e desenvolver motores junto a pilotos do porte de Nélson Piquet, Ayrton Senna, Alain Prost e Nigel Mansell, a fábrica japonesa prepara uma volta triunfal.
Para tanto, fará testes, após cada GP da temporada de 1996, nos próprios circuitos onde eles serão realizados, dias depois da corrida.
A experiência, bastante dispendiosa, só renderá frutos no ano seguinte, quando a Honda espera estrear seu time no Mundial de F-1 de forma competitiva, algo incomum em tempos atuais.
Ao deixar a McLaren, em 1992, os japoneses acertaram um compromisso com o chefe da equipe, Ron Dennis, no qual se comprometiam a não fornecer oficialmente para outro time por quatro anos.
Por esta razão, a Honda só manteve uma participação tímida no campeonato através da preparadora Mugen, que, neste ano, fornece motores para a Ligier.
Antes, forneceu para a Footwork (Arrows) e para a Lotus. O mesmo deve acontecer na próxima temporada. Mas não com a Ligier.
O revezamento imposto ao piloto japonês Aguri Suzuki, com o inglês Martin Brundle, e o desgaste da disputa, entre Ligier e Minardi, pelos motores da fábrica, irritaram a Honda.
Já há uma lista para 96: Arrows, Minardi, Pacific e até a Forti Corse, que tem capital brasileiro.
A equipe própria, para 97, já existe. É a Dome, time que disputa a F-3.000 japonesa e deve, em breve, abandonar tal campeonato para se dedicar exclusivamente ao extenso programa de testes do próximo ano.
(JHM)

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