São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995
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"Esse não foge mais"

PAULA MEDEIROS DE OLIVEIRA
DA ENVIADA ESPECIAL

Um ``calor de Itu" marcou a cerimônia dos 157 casamentos. Algumas noivas, vestidas a caráter, borravam a maquiagem e exibiam orgulhosas seus vestidos brancos, bordados com pérolas.
Roseli da Cruz Maciel, 29, conta que dormiu às 3h40 na manhã, ``ajeitando as coisas no vestido" e acordou às 5h10, para começar a se arrumar.
Damião acha que assinar ``um papel" muda muito o casamento, que já existia havia cinco anos. ``Esse noivo não foge mais", garante Roseli. ``Agora me enforquei de vez", assumia o noivo.
Sebastião Soares de Oliveira, 65, nunca imaginou casar ``no meio de tanta gente". Depois de 40 anos, sete filhos e dez netos, ele oficializou sua união com Maria Alves dos Santos, 58.
Maria conta que essa é a segunda vez que se casa com o mesmo homem. ``Casei com ele no religioso em 1955." Formalizar a situação é uma forma de ``renovar o casamento", diz ela.
Na condição de casal mais antigo do evento, ao som da marcha nupcial, eles estouraram o champanhe e brindaram em homenagem a todos os noivos presentes.
Juliana da Silva Paulino, 16, mora com seu marido desde os 13 anos. Vestida com um longo branco, ela disse que tinha vergonha de não ser casada oficialmente.

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