São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995
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Pelé pode ajudar a prova do Rio

MAURO TAGLIAFERRI
DO ENVIADO A BROOKLYN

A IndyCar e os organizadores da ``Rio 400" armaram sua estratégia para se defender dos ataques da FIA contra a realização da primeira prova brasileira da Indy.
O plano é se fortalecer politicamente nos EUA e no Brasil. Até o ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foi incluído no projeto.
O ministro será convidado pela IndyCar para o banquete de encerramento da temporada 95 da Indy e premiação do campeão da categoria, provavelmente em outubro.
A idéia é usar o prestígio internacional de Pelé como força política contra a FIA.
O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Reginaldo Bufaiçao, que também tem feito ameaças à realização da corrida, é outro a integrar a lista dos convidados ao banquete.
No campo americano, a IndyCar vai pedir, em reunião na quarta-feira, que o Automobile Competition Commitee of the United States referende a ``Rio 400".
O Accus é uma espécie de federação norte-americana de automobilismo e é reconhecido pela FIA.
A polêmica em torno da corrida do dia 17 de março começou quando a FIA ameaçou não homologar a pista oval de 2 km que está sendo construída no Rio de Janeiro.
A FIA alega que as dimensões da pista estariam fora das especificações determinadas num acordo com a IndyCar. Por ele, o traçado deveria ter 3 km.
Os dirigentes da Indy dizem que o acordo apenas obriga a entidade a realizar sua provas fora dos EUA e da Austrália exclusivamente em ovais, sem citar o tamanho.
A briga, na verdade, se origina no temor da FIA e dos organizadores do GP Brasil de F-1, também em março, de perder patrocinadores para a Indy.
(MT)

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