São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995 |
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Alemão não aceita pegar a bandeira de torcedor
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
``Fiquei com medo de sofrer uma desqualificação", comentou. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) proíbe que os pilotos façam comemorações com qualquer objeto estranho aos próprios carros. Pilotos que, como ele, alcançaram momentos épicos na F-1, como Ayrton Senna, ignoraram a regra. Mesmo o rival Damon Hill, em seu país, em 94, não resistiu à bandeira para glorificar a vitória que seu pai não havia obtido. Schumacher é mais frio e, quando se solta, o efeito é contrário. Seus socos no ar, as expressões de júbilo, parecem programadas. Ele gesticula, balança a cabeça como se não acreditasse no que está acontecendo. Schumacher, porém, não é do tipo que duvida de si. Em todo o fim-de-semana, o piloto foi assim. Firme, sem demonstrar o mínimo receio de que algo poderia acontecer -ao contrário de Hill, em Silverstone. Mas, em um único momento, durante entrevista, anteontem, Schumacher escapou da disciplina. Falando sobre a torcida, lamentava não poder se aproximar dos fãs. ``Não é possível, mas gostaria de passar no camping à noite e beber uma cerveja com eles", se referindo aos milhares de trailers que invadiram as cercanias de Hockenheim para a corrida. ``Os pilotos da Ferrari conseguem fazer isso, na Itália. Chegar perto dos torcedores. Infelizmente, eu não posso." Resta a Schumacher a chance de assinar com a Ferrari. (JHM) Texto Anterior: Barrichello larga devagar Próximo Texto: Acidente ameaça futuro de Hill na categoria Índice |
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