São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995
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Ministro anuncia política nacional de satélites

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse ontem no Rio que, em 20 dias, o governo vai lançar uma ``política nacional de satélites" para regulamentar o uso dos satélites da Embratel, estatal de telecomunicações.
Motta se negou a adiantar detalhes da regulamentação do setor. Disse que os satélites brasileiros terão ``uso público, não necessariamente estatal".
O ministro comparou o satélite a uma auto-estrada. ``Qualquer um deve poder trafegar, pagando pedágio. O serviço não pode ser de um grupo e ele impedir que outro trafegue", disse Motta.
O ministro inaugurou ontem, na Embratel, o cabo de fibra ótica que liga o Rio a Belo Horizonte (MG), com extensão de 465 km. Ele prometeu para este ano investimentos de R$ 373,5 milhões na Telerj, a estatal de telefonia do Rio. Para o próximo ano, os investimentos previstos na estatal são de R$ 850 milhões.
Segundo o presidente da Embratel, Dílio Penedo, cada um dos 18 pares de fibra ótica pode ter 30 mil comunicações simultâneas. No atual sistema, de microondas, a capacidade é de 20 mil.
O cabo, com a espessura de um fio de cabelo, é de cristal de quartzo. Ele melhora a qualidade do tráfego de TV, voz, dados, textos e imagem e será usado para transmitir imagens de alta definição.
Ainda este mês, segundo o ministro, o governo deverá mandar à Comissão de Comunicação da Câmara uma minuta do decreto presidencial que elabora um código nacional de concessões. O código, diz ele, exigirá ``rigorosa pré-qualificação" dos interessados.
Com investimentos de R$ 33,6 bilhões em telecomunicações nos próximos quatro anos, segundo o ministro, o Brasil estará preparado para receber recursos externos para telecomunicações e energia de R$ 200 bilhões até 2002.

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