São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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Crise na saúde é gerencial, diz Hanashiro
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário municipal da Saúde, Getúlio Hanashiro, disse ontem em palestra no Instituto Liberal de São Paulo que o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) é uma alternativa para acabar com a crise do setor.``Se nós não mudarmos a gestão, podemos ampliar os recursos destinados ao setor da saúde, mas a população não terá os benefícios na outra ponta", disse. A exposição de Hanashiro integra um ciclo de palestras cujo tema é ``Reinventando o Governo". No dia 7 de agosto, o convidado será Hélio Beltrão, ex-ministro da Desburocratização. No dia 17, o palestrante será o ex-senador Jarbas Passarinho (PPR). Em sua exposição no Instituto Liberal, o secretário afirmou que o PAS não caracteriza privatização da rede pública. ``Trata-se de uma gestão compartilhada", afirmou Hanashiro. A prefeitura, segundo ele, vai fiscalizar as cooperativas. Para o secretário, as cooperativas podem eliminar o desperdício de material e conseguir melhores condições na compra dos medicamentos. ``Isso traria uma economia de custos de 30% a 40%." O secretário admitiu que a prefeitura não tem gasto 100% das verbas orçamentárias destinadas à sua pasta. Em 95, o Orçamento prevê gastos da ordem de R$ 650 milhões com saúde. ``Nós não sabemos se vamos gastar todo esse dinheiro", disse Hanashiro. Para os opositores do PAS, a crise na saúde se explica pela falta de investimentos. Eles têm dito que o prefeito Paulo Maluf aposta no caos para viabilizar a aprovação do seu projeto. Hanashiro disse que, para melhorar o atendimento à população, a prefeitura tinha dois caminhos: aumentar o grau de controle sobre o trabalho dos médicos ou estimulá-los a produzir mais. ``Optamos pelo estímulo", afirmou o secretário. Segundo ele, o fato de receber mais em função do número de atendimentos que fizer no mês vai reduzir o índice de faltas dos médicos aos plantões Convênios Hanashiro disse que, dez dias depois da aprovação do PAS, o convênio entre a prefeitura e a cooperativa que vai administrar a rede de Pirituba será assinado. Texto Anterior: Maluf apressa votação de plano para saúde Próximo Texto: Vereador recorre à Justiça contra Cepac Índice |
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