São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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Proteína ajuda a detectar alergia grave

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) descobriram uma proteína que pode ajudar os médicos a diferenciar os pacientes com alergias graves dos com alergias leves.
A descoberta, publicada na última edição da revista "Science", pode levar ao desenvolvimento de novos testes capazes de identificar quem corre o risco de ter reações alérgicas consideradas perigosas e levar a futuros tratamentos.
O estudo focaliza o segundo tipo de paciente.
"Clinicamente, a descoberta vai ajudar a separar em dois grupos a população de "disse a pesquisadora.
Os cientistas, que levaram dez anos para concluir o trabalho, conseguiram clonar o gene que produz um tipo de proteína chamada HRF (sigla em inglês para fator de liberação de histamina).
A proteína determina a gravidade de uma resposta alérgica.
A histamina é uma substância liberada por um tipo de glóbulo branco do sangue, chamado de basófilo, imediatamente após o contato do paciente com qualquer substância causadora de alergia.
Nos pacientes com alergias graves, além da liberação da histamina, há uma reação tardia, que acontece horas depois e que pode levar a reações severas.
A técnica de clonagem, usada comumente por cientistas, possibilita produzir centenas ou milhares de cópias iguais de uma célula ou de um gene.
Sabe-se que pessoas não-alérgicas possuem pouco ou nenhuma imunoglobulina.
Segundo a cientista, testes indicaram que, nos pacientes com alergias leves, a imunoglobulina não interage com a HRF. Por isso, são chamados de IgE negativos.
Os pacientes com alergias graves são IgE positivos, pois neles a proteína recém-descoberta reage com o anticorpo.
Para MacDonald, a descoberta da ligação entre a imunoglobulina e a proteína é muito importante, pois, se conseguirem evitar que as duas substâncias reajam, conseguirão desenvolver um tratamento para os pacientes com alergias graves.

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