São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995 |
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Coletânea pega entrevistados no pulo
ZECA CAMARGO
É divertido se colocar no lugar do escritor Rudyard Kipling para fazer as perguntas a outro escritor: o americano Mark Twain. E tem mais: de Hitler ao ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas; do pintor espanhol Pablo Picasso ao cineasta brasileiro Glauber Rocha; do ex-líder da União Soviética Josef Stálin à atriz de cinema Greta Garbo. Na verdade, há dois tipos de prazer na leitura dessa coleção de entrevistas. O primeiro é o de ver como pessoas importantes se revelam em declarações mais displicentes. E o segundo, decorrente do primeiro, é ver como entrevistadores brilhantes são capazes de envolver mentes não menos engenhosas na armadilha, justamente, dessa revelação. Para pegar uma personalidade no pulo é preciso engenhosidade e presença de espírito -quesitos infelizmente ausentes em grande parte das entrevistas publicadas atualmente. Embevecidos mais com as perguntas do que com o entrevistado, a maioria dos jornalistas hoje mal ouve as respostas, não conversa e nem se permite mudar o rumo da entrevista. Os textos de ``A Arte da Entrevista" são um antídoto a isso. Próximo Texto: "`O senhor', perguntei ao professor Freud, `se auto-analisa?' Índice |
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