São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995 |
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"`O senhor', perguntei ao professor Freud, `se auto-analisa?' `É claro. (...) Ao nos analisarmos, nos tornamos mais capazes de analisar outras pessoas. O psicanalista é como o bode expiatório dos hebreus. As pessoas colocam a culpa de seus pecados nele. Ele deve exercer sua arte com perfeição para se livrar do peso colocado sobre ele'. `Sempre me pareceu', comentei, `que a psicanálise desperta (...) o espírito da caridade cristã. (...) `Compreender tudo é perdoar tudo'. `Pelo contrário', enfureceu-se Freud, as feições assumindo a severidade arrebatada de um profeta hebreu. `Entender não é perdoar. A psicanálise não apenas nos ensina o que temos que suportar, ela também ensina o que temos que evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância do mal não é, de maneira nenhuma, uma consequência do conhecimento.'" Entrevista de Sigmund Freud (1856-1939) ao jornalista George Sylvester Viereck, de 1930 Texto Anterior: Coletânea pega entrevistados no pulo Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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